quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Domingo, dia 09 de novembro de 2008.Levantei da cama mais ou menos às dez da manhã (o despertador do celular começou a tocar às 9:20, mas preferi curtir o sono e a preguiça de levantar até as dez).Fui assistir a um pouco de TV, sendo que não consegui encontrar nada interessante por mais que trocasse de canal. A Sanny, uma amiga, ligou-me para acertar os detalhes do encontro que havíamos combinado para hoje no Shopping Tatuapé.Pus algumas roupas para lavar na máquina, parei um pouco para observar o estado geral aqui do apartamento: não está totalmente um caos, mas já é tempo de dar uma limpada de verdade aqui nessa joça!Resolvi ver com que roupa iria ao shopping hoje: decidi por uma calça cargo branca e uma blusa de poliéster de manga comprida (por fora, obviamente). Optei por calçar o sapato cano longo preto que raramente uso, um que parece uma bota (às vezes acho que ele é realmente uma bota, outras vezes acho que não!); só sei que ele não é muito confortável pra andar.A Helena me ligou nesse meio tempo (é uma amiga que mora próximo, no bairro; já faz um tempo que tivemos um namoro), perguntou-me se eu não gostaria de dar uma passada na casa dela a fim de almoçar. Aceitei a oferta, afinal, não tinha mesmo muita idéia do que iria comer no almoço. Estranhei um pouco o telefonema da Helena, já que ela está de namoro sério há mais ou menos um mês, passando os últimos finais de semana totalmente absorvida na relação e sem tempo pra mais ninguém e mais nada.O certo é que me aprontei, coloquei o perfume que comprei ontem num sex shop (disse-me o vendedor que tal perfume tem o poder de "atrair as mulheres pelo olfato" - coisa que, se for verdade mesmo, até que não é mau negócio pra mim, considerando-se que ultimamente não estou pegando mais nem resfriado!).Fui até à casa da Helena, almocei e conversamos um pouco. Falou-me que tinha muita coisa a fazer, provas pra corrigir, e por isso havia mandado o namorado embora mais cedo. Agradeci pela gentileza e despedi-me dela com um beijo no rosto. Na estação da Sé, tomei o metrô para o Shopping Tatuapé.Encontrei a Sanny no local combinado - próximo à loja Renner. Foi bom encontrá-la para conversar pessoalmente, pois há meses que eu e a Sanny nos falamos apenas por msn ou telefone.Tivemos altos papos sobre espiritualidade, religião e comportamento. Inteligente durante a conversa, ela mostrou que sabia muita coisa sobre a história da Bíblia e do Cristianismo, formação do Velho Testamento e as influências por conta do período do cativeiro de Israel na Babilônia. Todo esse nosso bate-papo teve lugar num silencioso e aconchegante "McCaffe" dentro do shopping. Demoramos pra achar um local bom como aquele para sentar e conversar; o Tatuapé, como sempre cheio de gente se apertando e falando alto por todo lado. Graças a Deus eu e a Sanny encontramos nosso refúgio ali no meio daquele caos!Apesar de criada como católica, ela tem freqüentado a "célula" de uma dessas igrejas renovadas (cujo nome não lembro agora). Por um lado, ela se identifica com as orações, crendo que se várias pessoas oram ao mesmo tempo e com um só objetivo, produz-se um fluxo de energia vibracional muito poderoso que realmente tem poder para operar transformadoramente no mundo físico. Nesse tipo de visão, obviamente, ela se encontra em discordância com a doutrina lá da igreja, pois é claro que qualquer cristão fundamentalista chamaria a orientação da Sanny de puro "New Age", ou de mentira do "Demian". Bem, quanto a mim, que fui criado debaixo da sombra do fundamentalismo cristão, estou muito mais alinhado com o pensamento da Sanny do que com a visão limitada do pessoal da igreja.Bem, mas esta foi apenas uma das poucas coisas que conversamos. Ela me falou também de um curso de PNL (Programação Neurolingüistica) que ocorre uma vez por mês na Alameda Santos, não muito longe daqui de casa. Sempre me interessei por PNL e, segundo o que ouvi dela hoje, parece um conhecimento em que vale mesmo a pena se aprofundar. Só achei salgado, um tanto difícil mesmo de encarar, o valor do curso. Estou indeciso ainda, mas existe a possibilidade de que eu resolva embarcar nessa (começa agora no fim de novembro).Despedi-me de minha recém-encontrada amiga e tomei o metrô de volta no rumo de casa. Liguei para a Helena e perguntei-lhe se não gostaria de acompanhar-me à igreja presbiteriana hoje, onde haveria um concerto de música barroca no órgão de tubos (eu adoro o som grave daquele enorme órgão, é como se cada célula do meu corpo tremesse sob o efeito da freqüência baixíssima e intensa do som!). Ela me agradeceu o convite, dizendo que o namorado havia voltado e que estavam assistindo juntos a um filme.Como já era um pouco tarde, percebi que chegaria atrasado para o concerto. Voltei pra casa.Conforme tenho feito ao longo da última semana, levantei uns pesos e fiz alguns exercícios a fim de combater um sedentarismo que já tem durado alguns meses. Continuando nesse pique, ou seja, mantendo a prática com os pesos e as barras aqui mesmo em casa durante as próximas semanas, vou levar a coisa dos exercícios mais a fundo e me matricularei definitivamente numa academia. Mas, primeiro, é preciso ver se me disciplino por aqui mesmo sozinho. Não adianta ir amanhã à academia, pagar matrícula, ir malhar duas ou três vezes e depois desistir.Aproveitei pra dar mais uma alavancadinha no meu pobre alemão, estudando mais uma lição do "Deutsche Warum Nicht", gratuitamente pela internet. Andei pesquisando o site da escola Millennium, e estou amadurecendo planos de iniciar estudos das línguas inglesa e alemã naquela instituição. A Rebecca, uma das melhores amigas que eu tenho (e que agora mora em Beijing), me disse outro dia que já havia feito cursos na Millennium. Ela recomendou, como uma boa escola.Agora, vou ler mais um capítulo do livro de Dostoiévski, "Recordações da Casa dos Mortos". Muito bom: trata-se da história de um condenado a trabalhos forçados na Sibéria no século dezenove; sendo um pouco autobiográfico, pois o próprio Dostoiévski, apesar de escritor, passou um bom tempo da vida dele "curtindo" um período de aprisionamento nos presídios da Sibéria.Eu gosto de tudo o que é do Dostoiévsky; na verdade, acho que gosto de tudo o que é russo. Os escritores russos têm uma maneira bem peculiar, fria e crua de expor as realidades, as maldades e os dilemas que acontecem na vida do ser humano. Falando nos russos, não posso deixar de comentar que adoro o jeito como eles lidam com seqüestros, terrorismos, chantagens etc. Lembro que há uns anos uns terroristas chechenos invadiram, cheios de bombas e armas pesadas, uma sala de teatro lotada em Moscou. O camarada Vladmir Putin, presidente russo na época, ordenou que lançassem um gás venenoso ou algo assim pelos dutos de ventilação do teatro. Em seguida, a polícia russa "delicadamente" invadiu o local e passou fogo em tudo que era terrorista, sem dó nem piedade (como deve ser!). Claro que um monte de refém também morreu nessa história, e ficou tudo por isso mesmo. A operação foi um sucesso. Agora, os chechenos pensam dez vezes antes de aprontarem outra dessas no terreiro dos russos. Quem dera um dia as autoridades brasileiras aprendessem a lidar com bandidos à maneira russa. Mas acho que aí já seria pedir demais de um paizeco demagogo como este nosso aqui...

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